(Menino da porteira - Sérgio
Reis)
Todo mês que
eu montava
Na minha égua Josefina
Sentia aquela coisa feia
Uma catinga de urina,
Eu corria,abria a torneira
Mas, continuava sentindo
Bota Alfredo, o almôço:
Que é prá eu ficar mentindo.
Quando a égua já passava
A terra ia afundando
Era mijo prá todo lado
Eu não ia me acostumando
Obrigado, ô do muleiro
Que catinga vá lhe acompanhando!...
Toda vez que eu lembrava
Do cocôzinho no chão
Que a égua também deixava
Por todo aquele sertão,
Eu ficava muito aflito,também claro,com muita razão.
Descí da minha égua, no Ranchinho do Limão
Ví uma outra mula chorando e quíz saber que hoas são! Ela disse: Seu
Eguêiro veio tarde,olha a merda no estradão, quem cagou tão fininho,
foi o boi do Zé Grandão.
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