Portal DTurismo - EMBÚ DAS ARTES |
Embu - Uma História de Arte em plena Grande São Paulo |
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Embu das
Artes é
uma terra rica em vários aspectos.
A aldeia original
de índios guaranis, fazendeiros descendentes de portugueses e
jesuítas é hoje uma cidade que abriga moradores vindos de todas
as partes do mundo em busca de sua paisagem ainda verde e bucólica,
seu clima ameno e sua tradição cultural e artística. |
M'Boy, Onde Tudo Começou |
Em 1554 um
grupo de jesuítas funda o aldeamento de Bohi, depois M'Boy, a meio
caminho do mar e do sertão paulista. Em 1607 as terras da aldeia passam para as mãos de Fernão Dias (tio do bandeirante Fernão Dias, o caçador de esmeraldas) e de sua mulher Catarina Camacha. Talvez o fato de terem um filho jesuíta, explique que o casal tenha doado suas terras aos padres da Companhia de Jesus, em 1624. No final do século, em 1690, o padre jesuíta Belchior de Pontes transfere o núcleo da aldeia de seu local original e inicia a construção da atual Igreja do Rosário, levando para ela a padroeira, os altares e os santos da primitiva capela, onde permanecem até hoje. Entre 1730 e 1734, os jesuítas constroem a sua residência anexa à igreja, formando um conjunto arquitetônico contínuo de linhas retas e sóbrias. Em 1760, por ordem da Coroa Portuguesa, os jesuítas são expulsos do Brasil. No século XIX, o conjunto arquitetônico dos jesuítas do Embu ganha várias esculturas sacras e entalhes do padre Macaré, também conservados na igreja e no museu de arte sacra. |
As Lendas de M'Boy |
A Lenda da Fundação da Cidade |
Conta essa
tradição
oral que o Padre Belchior de Pontes subiu de Itanhaém para o
planalto com a incumbência de encontrar um local para fundar um
colégio de jesuítas. Perdeu-se na caminhada de muitos dias pela
mata inóspita e foi socorrido por um índio que o levou,
desfalecido, para sua choça. O índio saiu para buscar água e não
retornou mais. Encontraram-no morto e envolvido por uma grande
cobra: M'Boy na língua guarani. O Pe. Belchior então sepultou o
índio conforme os costumes e no mesmo lugar ergueu a capela de
Nossa Senhora do Rosário e mais tarde a Igreja. |
A Lenda do Tesouro dos Jesuítas |
Diz o povo do Embu que quando os jesuítas souberam de sua expulsão, juntaram seus ouros e pedrarias num tacho, desceram a ladeira até a lagoa (onde hoje fica a Praça da Lagoa), construíram uma jangada com troncos de bananeira e depositaram o tesouro nas profundezas das águas onde permaneceu para sempre. |
Terra de todas as artes |
Além das obras de seus artistas, mais de 20 Galerias de Arte exibem trabalhos plásticos de várias regiões do Brasil, oferecendo um painel único da diversidade cultural do país. |
Artesanato |
O artesanato local e de fora também é amplamente representado por 35 lojas onde o visitante encontra objetos e utilitários nos mais diversos materiais e técnicas. |
Antiquários e Móveis Brasileiros |
O antiquariato e os móveis rústicos são outra atração da cidade. Num pequeno circuito o visitante encontra 35 antiquários e 40 lojas de móveis artesanais ou feitos por encomenda. Embu é considerada uma das maiores concentrações de antiquários do Brasil, com objetos de arte, móveis coloniais de fazendas brasileiras e móveis de estilo. |
Comer Bem é uma Arte |
Também na comida Embu é uma cidade ecumênica. Mais de 30 restaurantes oferecem ao visitante o sabor de várias partes do mundo. Para o turista que quiser provar as iguarias tipicamente brasileiras, a cidade oferece excelentes opções. |
A retomada da tradição artística |
Os padres
jesuítas
e os índios guaranis foram os primeiros artistas de Embu. Suas mãos
marcaram para sempre o caráter da cidade na arquitetura da
igreja, na escultura dos santos de madeira, nas pinturas, no
entalhamento. |
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A importância de Cássio M'Boy |
Cássio M'Boy foi precursor e professor de vários artistas e recebia em sua casa expoentes do Movimento Modernista de 1922 e das artes em São Paulo. Entre eles, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Menotti Del Picchia, Volpi e Yoshio Takaoka. |
A presença de Sakai |
Nos meados dos anos 50, Sakai de Embu aprendeu com Cássio M'Boy as primeiras técnicas de escultura em terracota. Considerado internacionalmente como um dos grandes ceramistas-escultores brasileiros, Sakai forma um grupo de artistas plásticos que perpetua o movimento de artes na cidade. |
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A influência de Solano Trindade |
Um dos alunos de Sakai, o escultor Assis, trouxe o pintor e poeta pernambucano Solano Trindade para Embu em 1962. Tem início aí a influência da cultura negra nas artes de Embu. Solano congregou vários artistas que passaram a viver e produzir suas obras na cidade e foi mentor do movimento que, nos anos 60, trouxe mais uma tradição de Santos para Embu, desta vez, a dos orixás africanos. |
O primeiro salão de artes |
Em 1964
realiza-se em Embu o 1o Salão de Artes Plásticas. |
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O Movimento Hippie e a Feira de Embu |
No final dos anos 60,
Embu era a própria
encarnação da "Paz e Amor" mote universal do movimento hippie. Convidados
pelos artistas locais, artesãos hippies passaram a frequentar a cidade
nos finais de semana e a expor seus trabalhos nas ruas centrais, ao lado
das
artes da terra. Assim surgiu a Feira de Artes e Artesanato que a partir
de 1969 se realiza todos os fins de semana. |
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Terra do verde |
Berço do Movimento Ecológico |
A proteção do verde e o respeito
pela natureza é outra característica marcante na história da
cidade. Em 1973, surgiu em Embu um dos primeiros movimentos
ecológicos brasileiros. No ano seguinte, foi fundada a
Sociedade Ecológica Amigos do Embu que teve influência
decisiva na defesa da paisagem e dos recursos naturais da
região, hoje protegidos por Lei. Embu tem quase 70% de seu
território incluídos em Área de Proteção de Mananciais. |
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As Flores de Embu e a Feira do Verde |
Nos arredores da cidade, diversas famílias de origem japonesa dedicam-se à floricultura. Flores, sementes, mudas e folhagens que é possível admirar e adquirir na Feira do Verde que acontece na Praça da Lagoa nos fins de semana. |
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Um tesouro a céu aberto |
Na verdade, os tesouros
dos jesuítas estão
bem guardados pelo povo de Embu e podem ser vistos por qualquer turista
que visite o conjunto arquitetônico da Igreja e convento e seu museu
de arte sacra. |
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Outras atrações de Embu |
Capela de São Lázaro |
Em 1934,
artistas embuenses idealizaram e construíram essa capela
no mesmo local da antiga igrejinha de Santa Cruz. |
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Pedras Brasileiras |
Pedras semipreciosas lapidadas e brutas, numa grande variedade de tamanhos, cores e formas são encontradas em lojas e na Feira dos finais de semana. |
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Cidade das Abelhas |
A 7 Km do centro da cidade, na Estrada da Ressaca, a Cidade das Abelhas recebe o visitante numa reserva ecológica onde se acompanha o processo completo do fabrico do mel e se conhece a vida das abelhas com recursos didáticos. O apiário abriga a única biblioteca brasileira exclusivamente dedicada às abelhas. Aí também se pode adquirir os mais diversos produtos do mel. |
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Banda Sinfônica Municipal |
A música é uma das tradições artísticas de Embu. A atual banda sinfônica, reorganizada em 1994, conta com 60 músicos da região, a maioria jovens que pertenceram à banda mirim. |
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Coral das Artes |
Constituído por iniciativa da
própria comunidade em maio de 1993. |
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