Portal DTurismo - Paranapicaba - Reportagem

 

Reportagem

Paranapiacaba fica em São Paulo - faz divisa com Santos (ao sul), Cubatão (oeste) e Mogi das Cruzes (norte), mas esta pequena vila se parece mesmo com a capital inglesa. A aparência londrina pode ser percebida pela arquitetura vitoriana das casas, pelo fog (a neblina é constante) e também pela réplica do Big Ben. Encravada na Mata Atlântica, com cachoeiras e muitas trilhas, a vila é uma boa opção de passeios cultural e ecológico.

Os famosos sistemas funiculares de cabos de aço que tracionavam os trens são apenas um exemplo do acervo histórico de Paranapiacaba, subprefeitura de Santo André. O local nasceu no século 19 devido à construção da ferrovia que visava transportar o café do planalto paulista ao porto de Santos. Esse fato, aliás, marca a origem do seu nome: o termo vem da corruptela de pê-rá-ñái-piâ-quâba, que significa "passagem do caminho do porto do mar".

A responsável pela construção da ferrovia, a São Paulo Railway Company, mais do que trilhos, deixou marcas no local: aspectos britânicos, principalmente na arquitetura. Um exemplo é a velha estação do Alto da Serra, cuja torre lembra o Big Ben de Londres. A estação do Alto da Serra, com sua arquitetura de estilo vitoriano, foi desativada em 1977 e já estava em processo de demolição, quando foi parcialmente destruída por um incêndio em janeiro de 1981. Dela, só restou a torre do relógio que, restaurada, foi integrada à atual estação.

A paisagem de Paranapiacaba: parecida com o fog londrinoPara quem vai a Paranapiacaba, vale conhecer o Museu Ferroviário, construído nos galpões que abrigaram os dois sistemas funiculares, desativados com a instalação, em 1974, de um sistema de tração mista denominado cremalheira. O museu abriga o maior sistema funicular do mundo: a roda de inércia, movida a vapor, que puxava o cabo de aço de duas pontas. Um veículo serra-breque acoplava-se a cada uma das extremidades do cabo e era o responsável por puxar ou frear a composição.

Veja também o Castelinho (1897), antiga residência do engenheiro-chefe da Railway, com estilo vitoriano. Localizado no alto de uma colina da vila, permitia ao inglês observar os trabalhos no pátio ferroviário.

Atualmente, funciona no local o Centro de Preservação da Memória de Paranapiacaba, que reúne objetos e instrumentos de tralho da época dos ingleses. Paranapiacaba também é procurada pelos adeptos de atividades ecoturísticas, como caminhadas, rappel, bóia-cross.

 
Réplica perfeita do Big-Ben
 
Um pouco da história

A história da Vila de Paranapiacaba começa no século 19, quando o País deu início à construção da ferrovia Santos-Jundiaí, visando criar uma ligação entre o planalto paulista e o Porto de Santos, para o escoamento do café, praticamente o seu único produto de exportação. Por iniciativa do Barão de Mauá, em 1854, a São Paulo Railway Company foi escolhida para realizar a construção da ferrovia, em um prazo de 90 anos.

Em 1946, ao terminar o prazo de concessão, a estrada de ferro foi encampada pela União, recebendo o nome de Estrada de Ferro Santos - Jundiaí. Para os antigos moradores, foi quando começou a decadência da vila. Com a desativação parcial do sistema funicular, na década de 70, parte dos funcionários foi dispensada ou aposentada e outros foram contratados, para cuidar do novo sistema de transposição da serra - a cremalheira-aderência.

 

Paranapiacaba fica próxima a São Paulo. Portanto, é ideal para um passeio de um dia. Para mais informações, entre em contato com o Centro de Informações e Apoio ao Turista, através do telefone (11) 4439.0237.

Com poucos reais no bolso, é possível fazer o passeio. Siga pela Via Anchieta a partir de São Paulo até o km 29. Tome a rodovia Indio Tibiriçá no sentido Mogi das Cruzes. A entrada para Ribeirão Pires fica do lado esquerdo da rodovia, ou pegando o ônibus Santo André (Rodoviária) x Santo André (Paranapiacaba)

 

 

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